sexta-feira, 6 de junho de 2008

Rota Mortal: que fim é esse?

Confesso que os filmes de terror me chamam atenção. Os assisto mesmo que pareçam trashes. Nesse intuito assisti ao Rota Mortal (Rest Stop), uma produção de 2006 dirigida por John Shiban.

O filme já está nas locadoras (a capa chama bastante atenção), mas nem pense em locá-lo. É aquela velha história de um posto abandonado no meio do nada em que uma ou mais pessoas ficam presas e/ou perseguidas por um assassino louco. E mais, os perseguidos sempre tomam aquelas decisões estúpidas e pouco verossímeis que lhe deixam puto da vida (se bem que o filme Não Há Vagas, nestes mesmos moldes, vale a pena).

Rota Mortal é cheio de clichês, tem enredo fraco, incrivelmente emaranhado (o antônimo que uso para roteiro amarrado) e com péssimas atuações. A classificação é a de um suspense B. O que resta de bom (?) são as cenas fortes. Se alguém quiser conferir apelas pelo sadismo (algo que entrou na moda por conta do Albergue e Jogos Mortais), vá em frente. Mas não espere um bom filme.

Não bastasse a coleção de defeitos, o fim é ainda inacreditável. Ao que parece, Shiban quis compensar a péssima obra dando uma de David Lynch, propondo uma conclusão estapafúrdia. A diferença é que o mestre citado sabia fazer isso e escondia um fundamento sensacional nos cantos mais inteligentes possíveis. O que Shiban fez foi “travel in Helmans”. Um fim sem pé nem cabeça que enfiou a perna na jaca até o joelho.

Vale a pena?
Eu não recomendaria. Nos dias de hoje, gastar duas horas para ver um filme chulé é de matar.

Nota
2 – as cenas fortes até valem a pena, mas elas se resumem a 20% de todo o filme.


Luciano Marques

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