
O filme já está nas locadoras (a capa chama bastante atenção), mas nem pense em locá-lo. É aquela velha história de um posto abandonado no meio do nada em que uma ou mais pessoas ficam presas e/ou perseguidas por um assassino louco. E mais, os perseguidos sempre tomam aquelas decisões estúpidas e pouco verossímeis que lhe deixam puto da vida (se bem que o filme Não Há Vagas, nestes mesmos moldes, vale a pena).
Rota Mortal é cheio de clichês, tem enredo fraco, incrivelmente emaranhado (o antônimo que uso para roteiro amarrado) e com péssimas atuações. A classificação é a de um suspense B. O que resta de bom (?) são as cenas fortes. Se alguém quiser conferir apelas pelo sadismo (algo que entrou na moda por conta do Albergue e Jogos Mortais), vá em frente. Mas não espere um bom filme.
Não bastasse a coleção de defeitos, o fim é ainda inacreditável. Ao que parece, Shiban quis compensar a péssima obra dando uma de David Lynch, propondo uma conclusão estapafúrdia. A diferença é que o mestre citado sabia fazer isso e escondia um fundamento sensacional nos cantos mais inteligentes possíveis. O que Shiban fez foi “travel in Helmans”. Um fim sem pé nem cabeça que enfiou a perna na jaca até o joelho.
Vale a pena?
Eu não recomendaria. Nos dias de hoje, gastar duas horas para ver um filme chulé é de matar.
Nota
2 – as cenas fortes até valem a pena, mas elas se resumem a 20% de todo o filme.
Luciano Marques
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