terça-feira, 24 de junho de 2008

Desbravadores

O filme Desbravadores (Pathfinder – 2007) traz uma temática inédita para o cinema. O diretor Marcus Nispel usa como pano de fundo a exploração da América pelos Vikings. Segundo alguns historiadores contemporâneos, os guerreiros escandinavos já tinham desembarcado por aqui meio século antes de Colombo.

Embora a trama seja inédita, o longa não traz nada de novo. A história gira em torno de um herói que acaba salvando o seu povo de uma ameaça. Vide Coração Valente, Apocalypto, e por aí vai. O filme de Mel Gibson, aliás, chega a ter semelhanças neste aqui.

A fotografia, fúnebre, chega a dar um tom assustador ao filme, mas vez ou outra atrapalha. O enredo é linear, previsível, mas até pode animar aos que gostam de batalhas com espadas e o jeito-todo-rambo-de-ser do protagonista.

Vale a pena analisar, no entanto, o trabalho do cineasta. Marcus Nispel dirigiu esplendorosamente a refilmagem de O Massacre da Serra Elétrica (2003), e já está produzindo o remake de Sexta-Feira 13 (2009). Em Desbravadores ele fez um trabalho razoável, então acredito que ainda vamos ouvir muito desse alemão.

Desbravadores é um filme de ação descompromissado, que até certo ponto desperdiça o tema inédito, mas pode ser visto naqueles intervalos, momentos em que você não tem nada melhor para assistir.

Vale a pena?
De certa forma. Só a história dos Vikings já é interessante (embora seja preciso ver o filme e completar a pesquisa na internet, já que a trama não se aprofunda em nada na questão). A fotografia também é interessante de ser analisada, mas são poucas as pessoas que apostam num filme só por uma questão técnica.

Nota
6,5 – o trabalho de Nispel é interessante, pois mesmo com um roteiro previsível ele não deixa o ritmo do filme cair. A única pena é que termina o longa e você se pergunta: “Tá, mas e daí?”. É o mesmo do mesmo.

Luciano Marques

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