segunda-feira, 28 de julho de 2008

Kung Fu a la Panda Black


Esperava mais de Kung Fu Panda. Mas calma. Acho que esperava algo sarcástico como Shrek. E Kung Fu Panda não veio para substituir o ogro mais famoso do cinema. Como animação, o novo filme da DreamWorks funciona plenamente e me fez dar algumas gargalhadas. Está longe de ser inesquecível, como Toy Story ou Monstros SA. Mesmo assim, é digno de ser colocado entre as muito boas animações da grande tela.

Além de engraçado, podemos ver através do Panda o próprio Jack Black, seu dublador. Na verdade, é a primeira vez que sua voz é encaixada em um personagem que lhe é familiar (afinal, o ator jamais conseguiu fugir de seu estereotipo freek-pilhado). Se não me engano, ele também emprestou suas cordas vocais em A Era do Gelo e Espanta Tubarões.

A história é simples, com enredo amarradinho, mas batido, e as técnicas já nos são tão costumeiras que nem prestamos atenção em detalhes (antes, quando um animal peludo aparecia, babávamos com cada fio: “Nossa, como eles fizeram isso?”). Então, não espere nada de novo.

No entanto (adoro poréns), Kung Fu Panda não é apenas uma animação de comédia. É, na verdade, uma homenagem ao estilo (tantos dos filmes do gênero como à própria arte marcial). E as cenas de luta são incríveis. Melhores ainda são as tomadas em câmera lenta. Em 3D e na tela do Imax, ganharia fatalmente mais 1,5 ponto na nota.

Já que falei das lutas incríveis, vale uma observação. Tenho certeza que Kung Fu Panda surgiu para aliviar a sede de pancadaria juvenil que tomou conta dos desenhos animados nos últimos dez anos. Desde que Dragon Ball surgiu e ditou a nova ordem dos programas infantis, eu esperava por uma animação que levasse a porrada para o cinema.

Vale a pena?
Sim. Tanto para quem gosta de animações quanto para quem gosta de filmes de Kung Fu.

Nota
7 – Não é um Pocahontas (relegado à poeira nas prateleiras), nem um Wall-E. Mas preenche o espaço dignamente e vai divertir crianças e adultos. A seqüência, embora eu não desejasse uma, vai vir com certeza.

Luciano Marques

Nenhum comentário: