quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Corrida Mortal

Quem vai ao cinema há pelo menos duas décadas sabe que existem aqueles “atores-mais-do-mesmo”. Profissionais que dão certo em um filme de ação, se agarram ao nicho e acabam ficando marcados com isso. Tivemos o tempo dos filmes de Chuck Norris, de Van Damme, Dolph Lundgren, Stallone, Vin Diesel. O da vez é Jason Statham, que lançou recentemente Corrida Mortal.

O ator inglês é quase um desses “mais-do-mesmo”. Ele surgiu no brilhante Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (1998), mas depois encabeçou a série de correria e tiros Carga Explosiva (o terceiro filme foi lançado esse ano). E correu e explodiu mais um pouco em Adrenalina (2006). Está certo que, no meio do caminho, teve o bom remake Uma Saída de Mestre (2003), mas o britânico parece mesmo fadado aos filmes de ação batidos.

Corrida Mortal é ousado, tenho de concordar, pois reúne a velha história de uma penitenciária onde quem manda é um diretor carrasco à trama de pegas de carro, tão evidenciado depois de Velozes e Furiosos (2001). Há certa animação com os rachas, incrementados por armas à la Speed Race, mas o desenrolar do filme dirigido por Paul W. S. Anderson (Alien Vs Predador) não leva à nada. Aliás, leva sim. No conduz a um fim bem típico de filmes feitos para a TV.

Vin Diesel procurou escapar da arapuca em que se meteu, encarando filmes com roteiros diferenciados. Basta saber se Jason Statham fará o mesmo daqui para frente.

Nota
6,9 - Usar dois grandes clichês em uma única história gera um problema: não há tempo hábil para desfrutarmos de nenhum deles. Quando o lance da penitenciária empolga, vem o racha. Quando o pega está esquentando, voltamos à diretora carrasca.

Vale a pena?
Para quem procura uma ação descerebrada, vale a diversão. Boas cenas de corrida e algum sangue explícito. Não ligue para a conclusão. Todo filme do estilo tem de terminar de alguma forma.

Luciano Marques

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