Alguém tem sempre que fazer o serviço sujo. No meu caso, que tento organizar um site sobre cinema, acabo tendo de procurar uma laranja boa no meio de uma cesta repleta de outras, só que podres.
A fruta ruim da vez, e põe ruim nisso, é Black Ops (Operações Especiais), que também ganhou o nome de Deadwater. O filme, dirigido por Rebel Wan recém lançado aqui esse ano, é incrivelmente horroroso. Saia correndo quando ler esse nome na prateleira da locadora.
Por incrível que pareça a trama começa até bem, com um bom cenário (um navio antigo que teve todos os marinheiros mortos misteriosamente), uma linha de suspense e a abertura para perguntas – o que te levaria a assistir ao longa todo para descobrir o mistério. Mas aí entra a explicação do sobrenatural e o assassino é o fantasma de um general nazista que foi levado para dentro do porão para ser torturado. E o cara era a arma secreta de Hitler, pois carregava não sei o que em seu intelecto!!! Isso mesmo, contei o fim do filme, até porque o fim aparece no meio. E quando ele dá as caras, você não acredita no que está vendo.
E quando o protagonista diz “Até mesmo um fantasma tem de obedecer às leis da Física e do ambiente”, aí dá vontade de rasgar a boca em suicídio (tal como fazia o Didi Mocó). É o fim da picada.
Vale a pena?
Só se usar esse filme como aquelas cabines de suicídio usadas em Futurama, onde conhecemos o robô Bender. Ou para dar de presente no Inimigo Oculto.
Nota
0,5 – porque não foi zero? Porque o filme pode ser assistido até os primeiros 30 minutos. Se alguém fizer isso e desligar, pode até fantasiar uma boa continuação para a história.
Luciano Marques
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